Segundo o dicionário escolar Michaelis (2016), a palavra “bully” como substantivo significa “brigão”. Como verbo, “ameaçar, amedrontar e intimidar”. A profª. Cléo Fante, pesquisadora de renome nacional e internacional no tema bullying e cyberbullying, nos ajuda esclarecendo um pouco mais sobre o que ele é:

Bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outros, causando dor, angústia e sofrimento

Mas qual a relação entre o bullying e a aprendizagem?

A relação é que ele está presente em um ambiente escolar. E quando o bullying é uma realidade na vida de um aluno, ele fica

desestimulado em ir para a aula aprender, porque sabe que encontrará os agressores, e isso pode intimidá-lo a participar das aulas.

O agressor não é apenas aquele que bate, mas também aquele que xinga, humilha, despreza, enfim. As consequências do bullying para a aprendizagem podem ser devastadoras e irreversíveis. O rendimento escolar das vítimas do bullying acaba ficando comprometido, isso porque, para esses alunos o ambiente escolar deixou de ser um local de estudo e sim de medo e sofrimento. Para que a aprendizagem ocorra de maneira saudável e eficaz é preciso que o aluno sinta desejo de estar na aula.

Agora imagina alguém que já tem alguma dificuldade ou transtorno de aprendizagem e ainda sofre com o bullying?

Difícil, não é mesmo?! Mas como trabalhar a questão do bullying escolar?!

Buscando a prevenção: Incluir os assuntos no conteúdo programático, sensibilizar os professores quanto as consequências. É importante também que comece em casa com a família, conversando com os filhos. O bullying existe e não é uma “brincadeira boba”. Todos devem se unir, para que esta violência que está prejudicando e criando gravíssimas adversidades na aprendizagem das nossas crianças, não continue existindo.

Rebeca Kury Reis dos Santos - Psicóloga e Psicopedagoga